terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Fundação


A antiguidade não é só por si uma garantia de qualidade. Mas ela representa uma elevada determinação na procura desse objectivo.
Feito, num trabalho sistemático de selecção ao longo de diversas gerações.
Representa também uma outra realidade, que entre nós, na nossa família, perdurou sempre, uma paixão que se foi transmitindo de pais para filhos. A paixão pelos cavalos.
Nunca foi uma paixão platónica, pois em todas as gerações não só gostávamos de utilizar, de montar e arranjar os nossos cavalos, como também sempre nos orgulhamos de os ver utilizados por bons cavaleiros.
A Equitação foi sempre na nossa família, como que uma premissa de educação e através dela poderíamos ter a sensibilidade suficiente, para no futuro aspirarmos a decidir sobre os critérios de selecção dos nossos animais reprodutores.

Tudo começou na década de oitenta do século XIX. Tudo começou por iniciativa de meu bisavô, Francisco Lima Monteiro.
Ele era um jovem Lavrador do Vale de Santarém e por essa época comprou de trespasse a «Lavoura» de Pedro Abreu. Nesse negócio estava incluída uma manada de cerca de noventa éguas. Imagine-se …cerca de noventa éguas de ventre.
Francisco Lima Monteiro, fez uma selecção desse enorme número de animais e procurou encontrar no mercado, cavalos que servissem como Garanhões. Foi nessa altura que passou a fazer o “Registo” sistemático dos seus animais e de seus filhos.
Foi o início da Coudelaria.
Francisco Lima Monteiro morreu cedo e seu filho mais velho foi quem lhe sucedeu na gestão da sua Casa Agrícola.
Joaquim Lima Monteiro era então um jovem estudante de Coimbra. Ele estava no último ano do seu curso de Direito. Mas a sua vocação eram as questões da terra e dedicou-se exclusivamente às coisas da Lavoura, desde a morte prematura de seu pai.
O primeiro “registo” oficial do Ferro da Coudelaria Lima Monteiro é precisamente desta época, de 1921 e reflecte uma nova dinâmica que Joaquim Lima Monteiro deu à sua Coudelaria.

José J. Lima Monteiro Andrade

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