terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

1921-Uma referência simbólica


Com frequência aparece a referência ao ano de 1921, como o ano da fundação da Coudelaria.

Há uma lógica nesta referência. Foi o ano em que morreu Francisco Lima Monteiro.

Seu filho Joaquim e sua filha Maria Eugénia constituíram então uma Sociedade, a que deram o nome de Sociedade Lima Monteiro. Fizeram-se inventários e novos registos. Assim é nesse ano que aparecem os primeiros registos oficiais do “ Ferro “ utilizado para marcar as éguas e os cavalos e também o gado bovino, nomeadamente o da ganadaria brava.

O ano de 1921, não é uma referência de antiguidade, mas sim da regularização do formalismo. A data da fundação da Coudelaria deve ser considerada aquela em que Francisco Lima Monteiro começou a seleccionar com rigor as suas éguas e fazer os seus registos, portanto os primeiros anos da década de noventa do século XIX.
A Sociedade Agrícola Lima Monteiro, não durou muitos anos. Os dois irmãos acabaram por fazer partilhas e a Coudelaria e a Ganadaria, ficaram para Joaquim Lima Monteiro.
Foi a partir de então que passou a ser feita uma selecção criteriosa dos animais lusitanos e com Joaquim Lima Monteiro a Coudelaria atingiu um enorme prestígio. Agora já não se produzia apenas para os serviços da Casa Agrícola, mas também para o mercado, expresso através da “ Remonta “ do Exército e da Guarda Republicana e pela progressiva procura de Cavaleiros Tauromáquicos e de outros Cavaleiros amadores.
Importa enaltecer e referenciar o apoio que dois homens que na época trabalhavam na Fonte Boa e que deram um apoio enorme e testemunharam sempre uma amizade à família e à própria Coudelaria.

O Mestre Leopoldo Nunes Chaves, Equitador Principal da Fonte Boa e o José da Silva, escriturário e que mais tarde foi até à sua reforma o principal responsável pelos Livros Genealógicos, que na altura estavam sediados na Associação Central de Agricultura e na Associação de Raças Selectas.

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